São Romão é uma freguesia portuguesa do concelho de Seia, com 17,92 km² de área e 6.500 habitantes. Densidade: 80 habitantes/Kilómetro quadrado;.
Foi sede de concelho entre o século XIII e 1836. Era constituído por uma freguesia e tinha, em 1801, 1.426 habitantes.
Festas e Romarias
- Feira de São Pedro (último Domingo de Junho)
- Feira Semanal (Domingo)
- São Silvestre (1 de Janeiro)
- São Sebastião (20 de Abril)
- Enterro do Senhor (Sexta-feira do Senhor)
- São Pedro (último Domingo de Junho)
- São Romão (9 de Agosto)
- Nossa Senhora do Desterro (15 de Agosto)
Personalidades
- Paio de Carvalho - Fidalgo ilustre no tempo do rei D. Afonso Henriques, com quem confirmou o Foral da Vila de Seia entre os anos de 1136 e 1180. Aparece também na documentação medieval na doação da Ermida de São Romão de Seia.
Património
- Capela do século XVIII
- Santuário de Nossa Senhora do Desterro
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Freguesias da Região de Loriga [área do antigo Município Loriguense] e também a freguesia de Sandomil (pequeno resumo descritivo e histórico)
As seis freguesias que rodeiam Loriga, que fundaram a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede nesta vila, e que outrora fizeram parte do Município Loriguense, e também a freguesia de Sandomil.
Alvoco da Serra
Alvoco da Serra é uma freguesia portuguesa da Região de Loriga, com 37,57 km² de área e 333 habitantes (2021). Densidade: 8,86 hab/km². A freguesia é constituída por cinco localidades: Alvoco da Serra (sede da freguesia), Outeiro da Vinha, Vasco Esteves de Baixo, Vasco Esteves de Cima e Aguincho. Alvoco da Serra recebeu foral de D. Manuel I em 17 de Fevereiro de 1514, data em que deixou de pertencer ao concelho de Loriga. Foi vila e sede de concelho entre esta data e 1828, ano em que o concelho foi extinto. Tinha, em 1801, 667 habitantes. Entre 1828 e 1855 pertenceu novamente ao concelho de Loriga, após o que passou a integrar o concelho de Seia. A paróquia de Alvoco da Serra esteve sempre dependente da paróquia de Loriga mesmo durante a época em que Alvoco foi sede de concelho.
Cabeça
Cabeça é uma freguesia portuguesa da Região de Loriga, com 8,55 km² de área e 189 habitantes (2021). Densidade: 22,10 hab/km². Cabeça pertenceu ao concelho (desde 1136 até 1855), á paróquia (desde o século VI até 1806) e à freguesia de Loriga (até 1800), e durante muitos anos foi conhecida como São Romão do Casal da Cabeça. Foi elevada a freguesia por alvará do rei D. João VI em 13 de janeiro de 1800. Em 12 de maio de 1806 teve a desanexação da paróquia de Loriga. A sua população vive em grande parte da agricultura e da pastorícia. António de Almeida Santos, ministro em vários Governos, Presidente da Assembleia da República, Presidente do Partido Socialista, filho de um vidense e de uma loricense, nasceu em Cabeça, numa época em que a sua mãe dava aulas na escola primária local.
A milenar ligação entre Cabeça e Loriga é também afetiva, ajudada pela proximidade geográfica e pelo facto de Loriga ter sido sempre a sua prestadora de bens e serviços. Esta realidade foi desprezada durante a caricatamente chamada reforma administrativa em 2013 em que foram extintas muitas freguesias com critérios de agregação no mínimo duvidosos. A solução de agregação usado para a extinção da freguesia de Cabeça teve como base argumentos falsos, que por isso até foram alvo de chacota na região onde quase toda a gente tem a noção do que esteve por detrás da solução de agregação que foi decidida inclusive contra a vontade dos cabecenses. Um verdadeiro escândalo numa reforma administrativa realizada no século XXI, estando em vigor um regime supostamente democrático, em que os políticos agiram como se estivessem no século XIX ou até em épocas ainda mais retrógradas.
Sazes da Beira
Sazes da Beira é uma freguesia portuguesa da Região de Loriga, com 6,39 km² de área e 245 habitantes (2021). Densidade: 38,34 hab/km². A primeira fixação definitiva deu-se no século XV, no lugar chamado de "Sazes Velho". Em 1527 tinha a aldeia 65 pessoas. No entanto e continuando à procura de proximidade da água levou à fundação do que é hoje a aldeia de Sazes da Beira propriamente dita. Não se sabe a data da fundação da sua freguesia/paróquia, mas sabe-se que foi no início do século XVIII. Em 1731 é edificada a sua Igreja Matriz.
Desde a sua fundação, Sazes pertenceu sempre ao concelho de Sandomil até à extinção deste em 1836, data em que passou a pertencer ao município de Loriga. No meio de todas as remodelações administrativas sofridas (em que Sandomil esteve prestes a pertencer ao concelho de Loriga), a freguesia de Sazes (correspondente a todo o território da sua paróquia) pertenceu ao concelho de Loriga até 1855, data em que este foi extinto.
Teixeira
Teixeira é uma freguesia portuguesa da Região de Loriga, com 12,88 km² de área e 146 habitantes (2021). Densidade: 1 1,33 hab/km². Pertenceu ao concelho de Loriga até 1514 data em que Alvoco da Serra recebeu foral de D. Manuel I, passando depois a fazer parte da paróquia da Vide no início do século XVII. Voltou a ser incluída plenamente no município de Loriga, a partir de 1828 e até 1855, passando então para o concelho de Seia ao qual pertence atualmente.
Valezim
Valezim é uma freguesia portuguesa da Região de Loriga, com 10,94 km² de área, 242 habitantes (2021) e densidade populacional de 22,12 hab/km². A hipótese mais aceite é que o nome provém de vallecinus (palavra do latim para vale pequeno). Existe uma lenda sobre a origem do nome, que não faz sentido, mas que tal como muitas outras lendas teve origem em factos históricos reais. Segundo essa lenda os mouros terão sido expulsos de Loriga e ao chegarem ao local exclamaram: neste vale sim ! De facto a dada altura os mouros foram expulsos de Loriga, e até é possível que tenham fundado a povoação, mas concerteza que não falavam português. Valezim é uma das muitas "aldeias históricas" que infelizmente nunca foram reconhecidas como tal, o mesmo aconteceu com Cabeça, Alvoco e Sandomil, e tal como muitas outras localidades históricas (e como fruto da incompetência dos autarcas), a sua heráldica não honra os seus pergaminhos.
As principais actividades económicas da população estão ligadas à agricultura e pastorícia, turismo de habitação e à construção civil. O seu primeiro foral é atribuído em 1201, por D. João de Foyle. Em 1514 é renovado por D. Manuel I, e passa constituir um concelho formado apenas pela freguesia da sede. Entre os anos de 1836 e 1855 pertenceu ao concelho de Loriga. Nessa data foi integrado no concelho de Seia, onde pertence. A sua maior festividade é em honra de Nossa Senhora da Saúde, realizada anualmente, no primeiro Domingo de Setembro.
Vide
Vide é uma freguesia portuguesa da Região de Loriga, com 51,25 km² de área e 380 habitantes (2021), com uma densidade populacional de 7,41 hab/km². Está situada na zona centro do país, no Parque Natural da Serra da Estrela, a uma distância de 25 Km da Torre. A freguesia engloba as seguintes e pequenas povoações anexas: Abitureira, Baiol, Balocas, Baloquinhas, Barreira, Barriosa, Barroco da Malhada, Borracheiras, Carvalhinho, Casal do Rei, Casas Figueiras, Cide, Chão Cimeiro, Coucedeira, Costeiras, Fontes do Cide, Foz da Rigueira, Foz do Vale, Frádigas, Gondufo, Lamigueiras, Malhada das Silhas, Monteiros, Muro, Obra, Outeiro, Ribeira, Rodeado, Sarnadinha, Silvadal e Vale do Cide. Em Vide nasceu o pai de António de Almeida Santos que foi ministro em vários Governos, foi Presidente da Assembleia da República e Presidente do Partido Socialista. Filho de uma loricense, nasceu em Cabeça, numa época em que a sua mãe dava aulas na escola primária local.
Vide pertenceu sempre ao concelho de Loriga e no início do século XVII ganhou alguma autonomia com a promoção a paróquia mas continuando dependente de Loriga e sem nunca ter recebido foral e consequentemente categoria de vila, facto que se reflete no seu brasão que tem apenas três torres na sua coroa mural (as antigas vilas, tal como as modernas, têm direito a um brasão com coroa mural de quatro torres).
Essa situação ambigua durou até ao início do século XIX (1834), tendo nessa época sido reintegrada plenamente no município loriguense até 1855, ano em que foi integrada no concelho de Seia. Em 1801 era constituída apenas pela sede e tinha 750 habitantes.
Últimos estudos, levados a cabo em 2002, confirmam que o povoamento do Vale de Loriga em cujo extremo se encontra Vide, remonta aos finais do Paleolítico Superior. Entre as zonas de Entre-águas e de Ferraduras, nesta freguesia, há alguns núcleos rochosos que possuem várias inscrições rupestres, os maiores descobertos até agora, que foram objeto de estudo por parte da Associação Portuguesa de Investigação Arqueológica, e que segundo os traços gerais apresentados, pertencem à Idade do Bronze. No entanto existem outros vestigios dessa época, que se estendem ao logo do Vale de Loriga, desde Vide até ás proximidades da vila de Loriga.
A aldeia de Vide tem vários acessos sendo os principais a EN 230, que vem de Oliveira do Hospital e entrontronca com a EN231, e a EN 238, na Portela de Loriga, cruzamento com a EN 231 que une Loriga a Seia.
Sandomil
Sandomil é uma freguesia portuguesa da Região de Loriga com 13,22 km² de área[1] e 745 habitantes (censo de 2021), tendo, por isso, uma densidade populacional de 56,4 hab./km².
Foi vila e sede de concelho desde o século XIII. Este era constituído por uma freguesia e tinha, em 1801, 1726 habitantes. Após as reformas administrativas de 1836, foram-lhe anexadas as freguesias de São Gião, Folhadosa, Sazes, Torrozelo e Vila Cova à Coelheira. Tinha, em 1849, 4427 habitantes. O Decreto de 24 de Outubro de 1855 extinguiu o concelho, transitando o seu território para o (atual município) de Seia. Aparece com o nome de Sandimir em documentos do século XI, XII e XIII, inclusive nas Inquirições de D. Afonso III, passando depois para Sandomil.
A freguesia é conhecida por "Princesa do Alva" devido às várzeas de terrenos férteis e ao aproveitamento das águas do rio Alva, sendo a pequena agricultura familiar ainda um importante modo de vida. Quando Loriga era uma progressiva vila industrial era comum os agricultores de Sandomil deslocarem-se a Loriga para venderem os seus produtos agrícolas no mercado local. Principalmente aos domingos assistia-se a uma espécie de romaria entre Sandomil e Loriga na qual era muito utilizada a velhinha estrada romana entre a Portela de Loriga e a vila, esta realidade criou laços afetivos que ainda perduram entre as duas localidades.