Sapardos é uma freguesia portuguesa do concelho de Vila Nova de Cerveira, com 6,44 km² de área e 389 habitantes (2001). Densidade: 60,4 hab/km².
Os limites de Sapardos estão estabelecidos da seguinte forma: a norte as freguesias de Cornes e de São Julião, a sul as freguesias de Mentrestido e Rubiães, a nascente a freguesia de Cossourado e a poente a freguesia Candemil e Gondar. Sapardos, como se verifica, faz limites com dois concelhos, a saber: Paredes de Coura, através das freguesias de Cossourado e de Rubiães e com o concelho de Valença, através da freguesia de São Julião.
História
Esta freguesia, tal como as suas vizinhas, é muito antiga. As marcas e os vestígios deixados pelo homem, que se encontram em abundância nesta região, são prova disso, existindo por exemplo, ainda perfeitamente preservados, diversos castros e marcos miliários.
Ainda, acerca da história de Sapardos, pode ler-se no livro "Inventário Colectivo dos Registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo":
«Em 1258, é citada na lista das igrejas do bispado de Tui, situadas no território de Entre Lima e Minho, que foi elaborada por ocasião das Inquirições desse ano. Em 1320, estava enquadrada no arcediagado de Cerveira e na relação dos benefícios pertencentes ao bispado de Tui no território de Entre Lima e Minho. Nesse ano, foi lhe aplicada uma taxa de 80 libras.
Quando, em princípios do século XVI, as freguesias de Entre Lima e Minho, da comarca eclesiástica de Valença, foram incorporadas na diocese de Braga, D. Diogo de Sousa mandou que as avaliassem. O seu rendimento era então de 74 réis e 8 pretos. Situava-se em Vila Nova.
Em 1546, na avaliação das mesmas freguesias de Entre Lima e Minho, mandada efectuar pelo arcebispo primaz, D. Manuel de Sousa, São Miguel de Sapardos rendia 40 mil réis.
O Censual de D. Frei Baltasar Limpo, na cópia de 1580, que o Padre Avelino J. da Costa utilizou na elaboração do seu livro "A Comarca Eclesiástica de Valença do Minho", refere que São Miguel de Sapardos pertencia por inteiro ao arcebispo e a alguns padroeiros. Anotou-se ainda no Censual de D. Frei Baltasar Limpo que esta igreja era da apresentação de padroeiros, sem contudo, os nomear. Acrescenta neste mesmo documento que, no livro de visitações, o vigário esclarecera que é da apresentação de padroeiros leigos, lavradores da freguesia", sendo um terço do padroado real, outro da mesa arcebispal, e o último dos referidos padroeiros.
Segundo o Padre António Carvalho da Costa, depois do abade Gaspar Pereira, que deixou a apresentação da abadia a um sobrinho, esta passou aos Oliveiras de Ponte de Lima.
Em termos administrativos fez parte, em 1839, da comarca de Monção e, em 1852, da de Valença. Anexada em 1895, pelo decreto de 12 de Julho, a este concelho, voltou a Vila Nova de Cerveira com a sua restauração em 1898, feita por torça do decreto de 13 de Janeiro deste ano.»
Economia
- pequeno comércio
- transformação de madeira
- agricultura
- pecuária
Festas e romarias
- Senhora de Fátima
- São Brás
Património
- Igreja paroquial
- capelas de São Brás e da Senhora da Guia
- cruzeiro de Gandra
- marco miliário
Gastronomia
- rojoada
- enchidos de porco
- sarrabulho
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