Sátão

Sátão
Sub-região Dão-Lafões



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Foto de Vítor Oliveira

Lista de Municípios Portugueses


Sátão é uma vila portuguesa no Distrito de Viseu, região Centro e sub-região Dão-Lafões, com cerca de 3.700 habitantes.

É sede de um município com 198,40 km² de área e 13.144 habitantes (2001), subdividido em 12 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Moimenta da Beira e Sernancelhe, a leste por Aguiar da Beira, a sul por Penalva do Castelo, a oeste por Viseu e a noroeste por Vila Nova de Paiva.

O concelho de Sátão recebeu foral em 1111.

Freguesias

História

Pré-História

A presença de populações na área que hoje constitui o concelho de Sátão remonta a épocas pré-históricas do período neolítico, a atestá-lo estão os dólmenes. Existem pelo menos quatro. Um nos pinhais entre Forles e Pereira, dois entre Casfreiras e Vila Nova de Paiva. O mais conhecido e de interesse, é a Orca dos Juncais entre Ferreira de Aves e Queiriga. Este último é formado por pedras colocadas ao alto que servem de suporte às lajes (slabs) e é precedido por um corredor que lhe dá acesso, tal como nos outros casos. Pode considerar-se que é do tipo passage grave. Estes dólmenes encontram-se circunscritos numa área de Ferreira de Aves entre o Vale da Ribeira e a depressão do rio Paiva.

Castros

Existem vestígios da existência de algo semelhante a um castro nos Santos Idos nos arredores do Sátão. No entanto, este aínda não foi suficientemente estudado pelo que é impossivel confirmar se realmente aí existiu.

Citânia pré-romana

Alguns autores mais antigos defendem que em Ferreira de Aves, próximo da mesma área onde se encontram os dólmenes, teria existido uma cidade pré-romana, chamada Rarápia. Actualmente esta afirmação não está completamente posta de parte mas faltam, como no caso do castro uma confirmação definitiva.

Romanos

O professor Cristóvão de Figueiredo, no seu trabalho “Subsídios para o estudo da viação romana nas Beiras” (Revista Beira Alta – 1953) afirma que pelo concelho de Sátão passou uma via romana vinda de Trancoso e Aguiar da Beira e seguia para Viseu.

Árabes

Em 711 chegaram os árabes. Ocuparam também esta área dominando os cristãos aos quais era permitido seguir a sua religião e regerem-se pelos seus costumes mas tinham de ser subservientes perante o poder árabe.

A reconquista

A reconquista inicia-se com Pelágio em covadonga, nas Astúrias, e durou séculos. Alexandre Herculano dá como certa a data de 1057 para a campanha de Fernando Magno, rei das Astúrias, de Leão e de Castela, que, nesse ano, Partindo de Zamora, conquistou de surpresa a cidade de Seia (Sena) e todo o vale do Mondego. Seguiu depois para Lamego e Viseu e outros lugares da Beira.

Cartas de Foral

Em 1111 O conde D. Henrique autorga foral a Sátão.
A Ferreira de Aves é dado por D. Teresa, mãe de Afonso Henriques em 1126.
Em 1240 D. Sancho concede foral a Rio de Moinhos.
Conhece-se o segundo foral de Golfar de 1315 passado por D. Dinis
O foral da Silvã é mais tardio de 5 de Abril de 1514 de D. Manuel.
O Ladário começou por ser um couto e só no sec. XVI se torna Concelho com foral de D. Manuel.

Instituição do concelho de Sátão

Formou-se em 1834 com a união dos concelhos anteriores. Todos os pelourinhos se conservam ainda, à excepção do de Sátão. Ao antigo concelho pertenciam as freguesias de Sátão (Vila de Igreja), Mioma, Avelal e São Miguel de Vila Boa. Ao de Ferreira de Aves as freguesias de Ferreira de Aves, Forles e Águas Boas. Ao de Golfar as freguesias de Romãs, Decermilo, Vila Longa, Silvã de Baixo e Silvã de Cima (até ao século XVI). Ao de Silvã, a freguesia de Silvã de cima. A Rio de Moinhos a freguesia com o mesmo nome.

Este Concelho está repleto de histórias, quer sobre os seus monumentos, quer sobre a sua formação. Poderemos dar como exemplo o crescimento da Vila de Sátão. Este cresceu em três fases. Na primeira, dizia o Dr. Hilário de Almeida Pereira, em 1946, que a Vila do Sátão era considerada, nessa altura, a mais pequena.

O seu primeiro passo foi comprar a Quinta da Miuzã, onde agora estão os Paços do Concelho, a Praça Paulo VI e a Escola Preparatória, os Correios, a Pensão Império, o Cine-Teatro e muitas outras construções de relevo. Apesar dos meios financeiros de que disponha serem poucos, a força de vontade era muita. O Dr. Hilário de Almeida Pereira, depois de continuar a engrandecer o Sátão, fundou a grande Feira de São Bernardo, núcleo donde, com o rolar dos anos, derivaram as já famosas Festas do Sátão.

Na segunda fase, sequência da primeira, assistiu-se à construção do novo e belo edifício dos Paços do Concelho, em granito do mais puro e a Praça Municipal Paulo VI , hoje unanimemente considerada uma das mais amplas e airosas do distrito. Houve uma grande expansão da Vila; então quase tudo mudou de sítio. Construiu-se a primeira Pensão, a nível moderno. Abriu o primeiro café e começou a funcionar o primeiro posto de abastecimento de combustível.

A terceira manifestou-se, de há uns 20 anos para cá, com o poder local, o fenómeno imprevisto da emigração, plano orientador a nível municipal, que veio dar à Vila um aspecto de terra mais nova, pujante e bem articulada. Nesta terceira fase, a Vila de Sátão cresceu extraordinariamente. Cafés, restaurantes, casas bancárias, jardins, fazem todos os dias esta nossa terra.

Património

Igreja do Antigo Convento de Nossa Senhora da Oliva

Templo decorado a azulejos do século XVII e talha joanina do século XVIII, também aqui se pode admirar o mais famoso Sacrário das Beiras.

Pelourinho

Localiza-se na povoação de Ladário, na sede de concelho.

Capela de Nossa Senhora da Esperança

Neste templo encontra-se um maravilhoso órgão de Tubos que está classificado como Monumento Nacional.

Igreja Matriz de Santo André

A sua construção remonta ao século XII, sofrendo ao longo dos anos várias intervenções.
Templo de arquitectura românica, no interior destaque para os vestígios mudéjar na cobertura dos tectos das naves, na capela-mor os caixotões do tecto, retábulos em talha dourada de estilo nacional e estilo rococó.

Quinta dos Machados da Silveira

Solar construído na segunda metade do século XVIII, destaque para o bonito balcão e escadaria.

Orca do Tanque e Orca de Casfreires

Localiza-se na serra de Casfreires na freguesia de Ferreira de Aves.
Dólmen de câmara poligonal com nove esteios e corredor curto. O espólio é constituído por vários objectos em silex, quartzo e xisto, machados de pedra polida e vasos de calote esférica, tronco-cónicos e cilíndricos.

Sepulturas rupestres de Ouriges

Pequeno cemitério medieval do período da Reconquista.

Outros locais de interesse

  • Capela de Nossa Senhora dos Prazeres
  • Capela de São Saturnino
  • Capela do Divino Espírito Santo
  • Ruínas do Castro dos Santos Idos
  • Solar dos Albuquerques
  • Igreja Matriz de Sátão

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