Segura

Segura
Idanha-a-Nova



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Segura é uma freguesia portuguesa do concelho de Idanha-a-Nova, com 73,76 km² de área e 233 habitantes (2001). Densidade: 3,2 hab/km².

Apesar dos terrenos xistosos, Segura usufrui de uma fauna e flora muito ricas. Um passeio ao longo das margens do rio Erges, de certo, lhe proporcionará agradáveis surpresas (encontro com ninhos de águias, grifos, cegonhas pretas, etc…).

História

É uma antiga fortaleza fronteiriça situada no alto de um cabeço granítico e, segundo alguns historiadores, Segura constituiu dote de casamento da Rainha Santa Isabel, tornando-se vila portuguesa a partir de 1282. Separada de Espanha pelo rio Erges mas, ligada a esta pela ponte romana (posteriormente reconstruída em várias épocas), Segura foi um dos lugares e castelo da Beira em foco durante as guerras entre Portugal e Castela no reinado de D. Fernando. Foi vila e sede de concelho entre 1510 e 1836, quando foi anexada ao município de Salvaterra do Extremo. Era constituído por uma freguesia e tinha, em 1801, 574 habitantes.

Antecedentes

As origens da fortificação raiana de Segura são obscuras, a povoação apenas sendo mencionada nos primeiros anos da monarquia portuguesa. Entretanto, a sua posse definitiva, pela Coroa de Portugal, só se efectivou em 1282.

O castelo medieval

A primeira referência sobre o castelo data do reinado de D. Dinis (1279-1325), quando, em 20 de Agosto de 1299, o soberano isentou os seus moradores dos impostos tradicionalmente pagos em Salvaterra do Extremo, com a condição de estes construírem um castelo. Vinte anos mais tarde, o monarca doou os domínios da vila e seu castelo à Ordem de Cristo, que aqui instituiu uma comenda, prova de que, nesta fase, Segura já se constituía em um expressivo centro regional. Sob o reinado de D. Fernando (1367-1383), o soberano doou os domínios da vila e seu castelo ao Frei Nuno Martins (1376). Nesse período iniciou-se a edificação de uma barbacã, defesa que se articulava com um fosso. Posteriormente, sob D. Manuel I (1495-1521), encontra-se figurado por Duarte de Armas (Livro das Fortalezas, c. 1509). A povoação foi elevada a vila e sede de concelho em 1510, posição que desfrutou até 1836, quando foi anexada ao município de Salvaterra do Extremo.

Da Guerra da Restauração aos nossos dias

No contexto da Guerra da Restauração da independência a povoação e sua fortificação readquiriram importância estratégica sobre a fronteira da Beira Baixa. Por essa razão, as suas defesas foram reformuladas, sendo a vila dotada de uma muralha envolvente, abaluartada. Essa defesa foi insuficiente para deter a invasão francesa, que por essa fronteira penetrou durante a Guerra Peninsular, em 1807. Posteriormente, em 1846, foi extinto o seu governo militar, o que conduziu ao desmantelamento das defesas, absorvidas desde então pelo progresso urbano.

No início do século XX, foi erguida a Torre do Relógio, hoje referido como uma lembrança do passado militar de Segura, embora sem conexão com o mesmo. Os remanescentes do conjunto defensivo encontram-se classificados como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 8 de Maio de 1959.

Património

Dentro da localidade, suba junto à torre sineira e desfrute de uma deslumbrante paisagem sobre toda a povoação e campina. Visite a Igreja Matriz, a Igreja da Misericórdia (anterior ao século XVII e com um bonito altar-mor em talha dourada), o pelourinho Manuelino (com pérolas e 4 escudos, armas reais, cruz de Cristo e esfera armilar), a porta de baixo (resto da antiga muralha é a entrada sul da povoação construída por D. João IV) e nas mediações está a ermida de Santa Marinha (século XVI) local de romaria onde afluem muitos peregrinos (oito dias após a Páscoa).

Fortaleza de Segura

O que conhecemos do antigo castelo em estilo gótico chegou-nos através da pena de Duarte de Armas, onde pode ser identificada a sua configuração medieval: de planta oval, protegido por duas cercas, fosso e barbacã, as suas muralhas eram reforçadas por, pelo menos, seis torres. Uma sólida torre de menagem erguia-se, adossada ao perímetro interno de muralhas, dividida internamente em dois pavimentos. Por ela sabemos que essa torre de menagem sofreu significativas alterações ao longo dos séculos, bem como podemos avaliar a extensão dos troços de muralhas hoje desaparecidos.

À época, a povoação não possuía cerca e desenvolvia-se em plano inferior, na encosta a Leste do castelo. Estava organizada em torno de um eixo definido pela rua Direita, articulando as chamadas Porta de Baixo e Porta de Cima, de configuração moderna, em arco abatido. Com relação à muralha abaluartada seiscentista, chegaram-nos três baluartes associados à primitiva barbacã. Estes apresentavam guaritas nos vértices.

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