Selmes

Selmes
Vidigueira



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Selmes é uma freguesia portuguesa do concelho da Vidigueira, com 136,98 km² de área e 1.009 habitantes (2001). Densidade: 7,4 hab/km².

Localizada a 8 km da Vidigueira, no extremo sul do concelho e sendo a freguesia mais extensa, Selmes eleva-se em plena planície alentejana, perto da ribeira de Odearce. Este curso de água atravessa a freguesia de poente até ao rio Guadiana. A beleza natural da região complementa-se com as paisagens dos campos semeados espalhados pelas grandes propriedades que predominam na freguesia.

Aldeia de características típicas bem marcadas na zona mais antiga, situa-se na planície alentejana junto à ribeira do mesmo nome, a qual se pode atravessar pela ponte velha, possivelmente quinhentista. No entanto a ponte velha é conhecida pelo povo de Selmes e arredores como sendo a Ponte Romana.

Localidades

A aldeia de Alcaria da Serra, primitivamente designado de Herdade de Caria, demarca o extremo norte da freguesia, situada no sopé da Serra do Mendro.

Toponímia

O topónimo "Selmes" é a corrupção do árabe Salem. É nome próprio de homem, que significa Salvo, Livre, Isento.

História

A aldeia de Selmes é muito antiga, considerada por alguns como povoação mais antiga do que Vidigueira e Vila de Frades. A freguesia de Selmes pertencia inicialmente ao termo de Beja. Em 1782 passou a fazer parte do concelho de Cuba e em 1854 foi integrada no da Vidigueira.

Heráldica

O brasão de Selmes destaca-se pelo fundo vermelho. Em baixo observa-se duas espigas de trigo, numa alusão à terra fértil e das culturas de cereais que são muito importantes na freguesia. A ocupar a parte central está uma representação da ponte romana e em lugar de destaque o sol, que se reflecte nas vastas terras cultivadas e banha a planície alentejana num inesquecível tom dourado.

Património

Selmes possui uma grande praça central onde se situa a Igreja Matriz de Santa Catarina, do século XVIII, de feição austera. A zona urbana, com um tecido ainda muito coerente, é complementada por seis Estações da Via Sacra, nichos construídos em alvenaria, que constituem os pontos de paragem da procissão do Senhor dos Passos.

Igreja Matriz de Santa Catarina

Num largo situado já no extremo da aldeia eleva-se o vulto de certo modo imponente da igreja matriz. A construção parece datar do século XVIII e segundo se pode ler na inscrição que se encontra por cima do portal, a sua fachada caiu em 1817 sendo reconstruída em 1874. O seu interior é espaçoso e simples. O altar-mor e quatro altares laterais são os principais elementos decorativos.

Estações do Senhor dos Passos

Os vários nichos que se encontram espalhados pela aldeia constituem, supõe-se as estações da procissão do Senhor dos Passos. É curioso verificar que estes, em número de seis, apesar de serem edificados em alvenaria escaiolada, obedeceram à tipologia corrente na região, mas pelo seu sentido artístico ultrapassaram todos os existentes no concelho e nos limítrofes de Cuba, Alvito e Ferreira do Alentejo.

Ponte Antiga

Galgando a ribeira de Selmes, na extremidade da aldeia e dando acesso ao caminho para Pedrógão, ergue-se, a cavaleiro de crosta roqueira, a velha ponte, formando um pitoresco conjunto rústico. Construída de grossa alvenaria, com dois arcos plenos e assimétricos tem, na face do montante, robustos e toscos talhamares de pedra da região. O parapeito, com estribos, protegido por renovado murete, dispõe-se em vertentes inclinadas no sistema usual das pontes medievais portuguesas, parecendo-nos esta, porém, já do século XVI.

Villa Romana do Monte da Cegonha

Implantada no sopé de uma encosta suave, a villa romana do Monte da Cegonha, conheceu um percurso de crescimento, sucesso e abandono. Fundada no reinado do Imperador Augusto, momento em que deflagrou sobre ela um incêndio, foi remodelada no final do século I, sobrevivendo à catástrofe através de um sólido programa de reconstrução. No século IV, implanta-se uma nova villa, que veio a incorporar uma basílica paleocristã, espécie de capela ou oratório, atestando a cristianização do seu proprietário e a necessidade de criar um espaço próprio para o culto. Do século X ao final do século XII este espaço conhece uma ocupação de cariz islâmico, prova quase exclusiva, até ao momento da expressão do Al-Andaluz no concelho da Vidigueira.

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