A aldeia de Sobral de Baixo, pertence ao concelho e à freguesia de Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra. Situada em zona montanhosa dela observa-se uma paisagem deslumbrante sobre as montanhas envolventes.
Sobral de Baixo |
A aldeia no passado chamava-se "Sobreiral", devido à predominância de Sobreiros nas suas imediações. Actualmente, encontram-se em alguns sítios, isoladamente, muito poucos Sobreiros de grande porte, que os habitantes chamam de "Sobreiras". Os Sobreiros, ao longo dos anos, foram diminuindo, devido aos incêndios que futigaram severamente esta zona. Comenta-se que, a floresta era de tal ordem, que os habitantes percorriam vários quilómetros sempre na sombra das árvores. No passado, a aldeia encontrava-se muito isolada, apesar, de geograficamente ser a povoação mais próxima da sede de concelho (Pampilhosa da Serra), nunca foi beneficiada, relativamente às outras aldeias vizinhas.
História
Não se sabe a que ano remonta o aparecimento deste lugar (Sobral de Baixo), enclausurado na serra; presume-se que há muito, e foram pessoas que numa tentativa de fugir a uma vida de infortúnio se fixaram neste lugar. Contam os antigos, que os primeiros habitantes, foram os denominados "desertores" ou os "condenados", que eram deixados neste lugar para morrerem à míngua. Acontece que, devido à coragem e à força de vontade de lutar contra as condições desumanas da época, esta gente, conseguiu sobreviver, com os meios que a natureza lhe reservava. Aos poucos, foram sobrevivendo, construindo habitações e conquistando terras para cultivo à floresta.Actualmente, podem ver-se nos vales e nas encostas das serras, paredes de pedra de xisto erguidas com alturas consideráveis (Açudes), que serviam para a retenção das terras de cultivo. São dignas de se ver, as paredes, pois representam o esforço de muitas gerações, que por aqui passaram.
Durante alguns séculos, a aldeia do Sobral de Baixo, e apesar de se encontrar mais perto da sua sede de concelho, viveu sempre isolada; os caminhos que existiam eram "caminho de cabras". Quando os habitantes faleciam, eram transportados em caixões de madeira de pinho (feitos na noite da ocorrência, pelo único carpinteiro da povoação (José Maria Pedro), para o cemitério da vila, seguindo um trajecto muito penoso pelos ditos caminhos de cabras. O percurso que faziam, era desde a aldeia, passavam pelo lugar designado "Almas", "Embirrão" (de grande declive) e Pampilhosa da Serra.
Economia
A população "subsistia" da agricultura. Esta era efectuada em pequenas parcelas, entre os vales e as encostas das serras circundantes. O árduo trabalho do campo, apenas chegava para a subsistência das famílias, que habitavam a aldeia. Para colmatarem os fracos recursos provenientes da agricultura, estes exploravam o "carvão", que era transformado da torga-de-moita e que existia em grande quantidade nas serras vizinhas.
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