A Sociedade Filarmónica Sanjorgense, de São Jorge da Beira, foi fundada em 1942. O primeiro regente da banda foi o Sr. Serafim, natural da Aldeia das Dez.
Uma particularidade da banda, nos tempos iniciais é que os músicos compravam os seus próprios instrumentos. Tinham direito de uso dos instrumentos enquanto estivessem na banda. Quando saiam, perdiam todos os direitos sobre os instrumentos.
Uma das, muitas, actividades da Banda Filarmónica era fazer uma arruada todos os 1º de Dezembro, dia comemorativo da Restauração da Independência em 1640. No ano de1945 coube ao Sr. Regente da banda, Sr. João António Valente, explicar o significado da data. No primeiro dia de Janeiro de 1946, a banda percorreu as ruas tocando o “Ano Novo”. Neste mesmo ano é reformulado o repertório musical da banda. É assim que no dia 13 de Janeiro de 1946, quando andavam a percorrer as ruas a “angariar donativos para o seu sustento” a Banda tocou, pela primeira vez, marchas de guerra. Semelhante música parece que foi de muito agrado do povo. Neste peditório foram angariados alguns milhares de escudos. A Banda, continuou, ao longo dos anos a sua actividade e, segundo as palavras de "O Mineiro" de Janeiro de1951, era uma Boa Filarmónica e trabalho não lhe faltava, "(…) no tempo das festas percorre uma grande parte das povoações circunvizinhas".
Em 1968, devido ao grande surto migratório, que desde 61 se tinha vindo a verificar, resultante, em grande parte dos despedimentos havidos na Mina, a Filarmónica cessou a actividade.
Em 1977, mais precisamente no mês de Setembro, fruto de boa vontade e do gosto que um conjunto de antigos músicos tinham pela Filarmónica, o povo e os nossos emigrantes, espalhados pelas sete partidas do mundo, todos contribuíram para pôr de pé a Filarmónica. Fruto deste espírito solidário e à acção concertada de todos, que é possível já no ano seguinte, em 1978, a Filarmónica São Jorgense contar com 33 elementos e, pela primeira vez na história da banda, dois dos seus elementos eram mulheres. Era mestre da Banda o Sr. Bernardino Pereira dos Santos, homem incansável no arribar e no manter da Filarmónica. Como incansável foi na formação de novos músicos, no sentido de precaver o futuro e não mais acontecer o que aconteceu em 1968.
Em 1978 (Maio/Junho) existiam 105 sócios a pagarem uma quota mensa de 20$00 e uma Comissão/Direcção de 70 elementos a pagarem uma quota mensal de 40$00. Neste tempo os Directores eram os senhores Alfredo Pereira, Pedro Ramos Covita e Francisco Narciso Camba.
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