Torre de Moncorvo

Torre de Moncorvo
Sub-região Douro



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Foto de Vítor Oliveira

Lista de Municípios Portugueses


Torre de Moncorvo (muitas vezes chamada simplesmente de Moncorvo), é uma vila portuguesa, pertencente ao Distrito de Bragança, Região Norte e sub-região Douro, com cerca de 3.000 habitantes.

É sede de um município com 532,77 km² de área e 9.919 habitantes (2001), subdividido em 17 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Vila Flor, Alfândega da Fé e Mogadouro, a sueste por Freixo de Espada à Cinta, a sudoeste por Vila Nova de Foz Côa e a oeste por Carrazeda de Ansiães.

O concelho recebeu foral de D. Sancho II em 1225.

Freguesias

História

Torre de Moncorvo teria nascido de uma remota Vila da Alta Idade Média, que em antigos documentos vem designada Vila Velha de Santa Cruz da Vilariça, situada no topo da margem direita do Rio Sabor e nas proximidades do núcleo de vida pré-histórica do Baldoeiro.

Segundo a tradição, os habitantes desta povoação, devido à insalubridade do local muito sujeito às emanações palustres e, talvez, também, em consequência dos estragos sofridos com as Razias Mouriscas tão frequentes na época abandonaram-na deslocando-se para o ponto mais arejado no sopé da Serra do Roboredo. De qualquer maneira, a ter-se dado o abandono da Vila de Santa Cruz da Vilariça, este ter-se-ia processado nos fins do século XIII. No principio desse século existia ainda a Vila de Santa Cruz da Vilariça e dava sinais de relativa vitalidade, pois recebeu de D. Sancho II, em 1225, uma carta foral que lhe concedia importantes isenções e regalias fiscais e penais.

Quanto à origem do topónimo de Torre de Moncorvo, segundo as Memórias Paroquiais de 1978:

"hé tradição que se mudava da Villa de Santa Cruz pela multidão de formigas, que não só faziam dano considerável em todos os viveres, mas aos mesmos viventes lhe cauzavão notável opressão, e resolvendo-se a evitar estes incomodos forão para o pé do Monte Reboredo aonde havia uns cazaes de que era senhor um homem chamado Mendo, o qual dizem que na sua casa tinha uma torre e domesticando nela um corvo. Crescendo depois a povoação e tendo o foral de Villa lhe chamarão de Villa de Mendo do Corvo, que com fácil corrupção se continuou a chamar a Villa de Moncorvo"

Seja como for, o certo é que só a partir do tempo de D. Dinis, no pensar do erudito padre Francisco Manuel Alves, Moncorvo adquire "o seu incremento". Este Rei concede-lhe foral em 12 de Abril de 1285 passando então o concelho a ter nova sede e nova designação que seria o Concelho de Torre de Moncorvo.

Em 1372 D. Fernando considera Moncorvo como uma vila das melhores de "Tralus Montes" e atendendo à valentia dos seus moradores, demonstrada nas guerras com os castelhanos, dá-lhe como termo as vilas de Vilarinho da Castanheira e a de Mós. D. Manuel I, a 4 de Maio de 1512, concede a Moncorvo novo foral depois de visto o foral da dita vila dado por el-rei D. Dinis. Entretanto ao mesmo tempo do foral começa a erguer-se o padrão manuelino da Igreja Matriz, já extra-muros, dominadora e acolhedora e o casario acantoa-se à sua volta. Segundo Duarte Nunes de Leão em 1609, Torre de Moncorvo era uma das grandes correições em que se dividia judicialmente o País. Estava a par de correições tais como Miranda, Vila Real e Coimbra de grande extensão e relevo.1

Gastronomia

Os pratos típicos desta região são semelhantes aos de outros concelhos transmontanos, entre os quais, a bola de carne ou a caldeirada de feijão frade.

Não foi nesta área que Torre de Moncorvo se destacou, mas com a sua doçaria regional, conhecida alem fronteiras, principalmente a afamada amêndoa coberta.

A amêndoa coberta apresenta-se no mercado em três tipos:

  • à Bicuda branca (só açúcar)
  • à Morena (açúcar com chocolate ou canela ou só chocolate)
  • à Peladinha (o grão é coberto de uma camada muito fina de açúcar)

Existe, ainda, uma qualidade "Amara", amarga que, dizem os entendidos, é óptima para fazer desaparecer, quase instantaneamente, a acção de uns "copitos a mais". Recorde-se que este fruto possui um grande valor medicinal (sedativo e purgativo) sobre dores de estômago e azia, acção esta reforçada pelo açúcar.

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