A Torre do Relógio, monumento de Cabeço de Vide, da qual não se sabe a idade, não foi construída para relógio, embora no séc. XVI tenha passado a ter essa função.
Tem uma estrutura quadrangular em alvenaria com quinais de granito, quatro olhais e um sino. Na cúpula tem uma pirâmide quadrangular, com doze pequenas pirâmides de igual desenho, no patamar. O antigo relógio está voltado a sudeste e o novo para sudoeste. O mostrador do relógio primitivo tem a data de 1570 mas, no reboco, imediatamente por baixo, está a data de 1741, que tanto pode ser da colocação do relógio como de alguma reparação na torre.
Antes de haver relógios, as torres tinham geralmente funções religiosas e cívicas. As primeiras consistiam em convocar os fiéis para os actos do culto, para as solenidades religiosas ou para os funerais; as segundas consistiam em alertar o povo em momentos de perigo ou para a difusão de outras mensagens.
A torre, que não é por essência um elemento do corpo do templo, pode inicialmente ter tido funções religiosas de apelo ou de aviso, por meio dos seus sinos. Há em Portugal várias igrejas antigas, cujas torres estão separadas dos templos por alguma conveniência. Esta hipótese encaixa numa outra respeitante à inexistência de torre na primitiva Igreja de Cabeço de Vide. Assim sendo, esta torre bem pode ter sido a torre da primitiva Igreja. Era também a torre sineira que marcava o início e o termo dos trabalhos diários do campo (nascer e pôr-do-sol), a hora do jantar e o meio-dia. Estes toques, em linguagem de fé, são chamados Angelus.
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