Neste espaço dão-se a conhecer diversas tradições de Loriga, no concelho de Seia.
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Tradições de Loriga - A Semana Santa e a Páscoa
Se há época do ano fértil em acontecimentos marcantes na Tradição Loriguense é a Semana Santa e a Páscoa. A preparação da Visita Pascal deixava os lares num alvoroço. Era a altura de arear tachos e panelas.
Com a chegada da Primavera vinha também o sol que permitia pôr tudo a arejar. Era a altura da limpeza geral!… Para além disso a cozinha entrava também em superprodução… Eram as Broínhas, os Biscoitos, o Bolo Negro, o Pão Leve… e lá ia tudo para os fornos que, por esta altura estavam superlotados.
E havia que preparar as sobremesas especiais para o Domingo de Páscoa: O tadicional Arroz Doce com Creme, a Tapioca, tradição introduzida em Loriga pelos emigrantes do Brasil, o Carôlo, o Formigo e outras de acordo com a capacidade financeira e a criatividade das cozinheiras. Os rituais religiosos ganhavam, nesta altura, uma dimensão muito mais profunda, assente numa tradição secular de respeito, recolhimento e devoção profunda.
O Domingo de Ramos era marcado pelo denso "matagal" de oliveiras que enchiam as ruas e a Igreja. Sim, porque em muitos casos, não se transportavam ramos, mas autênticas oliveiras com troncos significativos.
Via Sacra dos Homens
À noite, a Via Sacra dos Homens, evocando a caminhada de Jesus até ao Calvário. Recordo os cânticos, entoados por aquelas vozes graves, soturnas e com ritmos quase fúnebres, carregando, ainda mais, uma quadra que, só por si, já era bastante triste.
Senhor dos Passos com Maria e João (imagens que protagonizam o Encontro)
Na Quinta-Feira Santa, a cerimónia do Lava Pés revestia-se de uma mística especial e aqueles homens que eram escolhidos para a integrarem, viviam aqueles momentos com um realismo que nos transportava para os tempos bíblicos. Este era, também, o dia da Procissão dos Passos onde se dava o Encontro do Senhor dos Passos com Maria sua Mãe e João.
Também durante esta procissão cantava a Verónica, mostrando ao povo o pano com que tinha limpo o rosto do Senhor e no qual ficou retratado em sangue. Este ritual era tanto mais significativo, na medida em que foi protagonizado pela minha irmã Aurora, durante largos anos. Nessa noite participava, ainda, com o meu pai, na Ementa das Almas, com cânticos diferentes dos que se cantavam nas madrugadas de Domingo durante a Quaresma. Era a vez de cantar os Martírios, cântico que, de acordo com o que investiguei, é o mais "Gregoriano" de quantos fazem parte deste ritual.
Sexta-Feira Santa era um dia carregado de mística e, à hora marcada como a da morte do Redentor, 15 horas, todos faziam silêncio, onde quer que estivessem e meditavam por breves instantes neste mistério da morte de Jesus.
O Enterro do Senhor
À noite era o Enterro do Senhor, procissão carregada de simbolismo. A Banda Filarmónica executava uma Marcha Fúnebre. Confesso que, nos primeiros anos da minha infância, este ritual me causava um certo temor, já que os homens da Irmandade levavam as opas negras e cobriam as cabeças com os respectivos capuzes.
A Matraca
De salientar que, durante esta semana não se ouvia o sino. Este era substituído pelo ecoar estridente da Matraca que percorria as ruas da vila para anunciar os ofícios religiosos cumprindo a função que normalmente estava atribuída ao sino. Este voltava a tocar em toda a sua plenitude no dia da Ressureição, Domingo de Páscoa, quer para anunciar as cerimónias quer, sobretudo, para anunciar a, tão esperada e desejada por todas as crianças, VIsita Pascal, que em muitas zonas do norte é mais conhecida por "Compasso". Os sinos de Loriga, numa harmonia perfeita vão tocando a melodia que as crianças pelas ruas vão repetindo: - Andai, andai, andai… Que o Padre já lá vai!
Os sinos da Igreja de Loriga entoando a melodia que anuncia a Visita Pascal
Algumas destas práticas foram-se perdendo, mas penso que ainda perduram algumas delas e espero que os Loriguenses não as deixem morrer, já que são a marca indelével, da tradição religiosa, que nos foi legada, desta quadra festiva.
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- Garganta de Loriga
- Grupo Desportivo Loriguense
- ANALOR - Associação dos Naturais e Amigos de Loriga
- Tradições de Loriga
- Bombeiros Voluntários de Loriga
- Sociedade Recreativa e Musical Loriguense
- Igreja Matriz de Loriga
- Fontão
- História de Loriga
Artigos subordinados a este (caso existam):
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Comentários
Estes textos, ou parte deles foram escritos por mim e publicados no meu Blog ou no site da Confraria da Broa e do Bolo Negro. Fazia um a pelo ao Webmaster para citar as fontes, não só pelas questões dos direitos autorais, mas também para enquadrar os textos, uma vez que há partes escritas na primeira pessoa e não se sabe quem é a pessoa. Por exemplo quando digo: "Nessa noite participava, ainda, com o meu pai, na Ementa das Almas," trata-se de quem? Eu sei que sou eu… mas mais ninguém sabe, o que retira contexto aos texto.
Obrigado!
Caro Pinto Gonçalves:
Agradeço o seu comentário. No entanto, quero lembrar-lhe o que está escrito nas Regras deste site:
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Consultei o histórico deste artigo e verifiquei que foi o próprio Pinto Gonçalves que colocou o texto. Assim, a exposição deste texto de modo algum viola quaisquer direitos autorais. No entanto, tal como dizem as regras, se entende que o texto é sua propriedade, por favor informe-me para que o retire de imediato.
Carlos Pereira
Alguma da “lógica” dos BURROS, pseudohistoriadores tais como o Doutor de Albarda e outros pseudoloriguenses que há décadas prejudicam a imagem desta bela e histórica vila: A história, a etimologia e a filologia dizem que Loriga é nome de couraça e que a palavra deriva do latim Lorica que tem o mesmo significado, mas os BURROS de Loriga dizem que é mentira e que é uma vergonha que não deve ser recordada no brasão. Precisamente por Loriga derivar do latim Lorica é que os naturais desta bela e histórica vila podem ser tratados por loricenses, mas como os BURROS de Loriga têm vergonha do nome da sua terra e das suas origens dizem que o gentílico loricense é um insulto, equivalente a alguém chamá-los “filhos da puta” ou algo pior. Segundo eles os fundadores de Loriga eram anedóticos atrasados mentais e por isso fundaram a povoação no Chão do Soito, um local onde jamais poderia florecer com sucesso qualquer povoação, e mais tarde um deles mais inteligente que os demais terá exclamado: – Estamos a ser burros, vamos mudar-nos para ali que é melhor! Mudaram-se para a colina entre ribeiras (onde de facto a povoação foi originalmente fundada) e assim acabou a “Loriga provisória” no Chão do Soito, mas graças aos BURROS não acabou a sua entrada no mundo das anedotas. Outras povoações próximas de Loriga e também antigas, receberam forais nos primeiros dois séculos da nacionalidade, Valezim e Sandomil, por exemplo, receberam forais no século XIII, mas os BURROS acham que no imponente vale glaciar de Loriga só havia calhaus, e apenas no século XVI (1514) habitava aqui gente em número suficiente para justificar a atribuição de um foral, que os BURROS pseudohistoriadores afirmam ser o único. O santo padroeiro de qualquer localidade é sempre o orago da igreja matriz e da paróquia, no caso de Loriga é Santa Maria Maior desde o século XIII, mas os BURROS acham que em Loriga as devoções, os padroeiros e as invocações são apenas uma questão de modas, e que nesta vila existe a tradição de desprezar, esquecer e trocar padroeiros, devoções e invocações. Numa localidade normal os naturais têm orgulho do nome e da história da sua terra, mas segundo os BURROS Loriga é diferente e os BURROS desta vila têm vergonha da história e do nome da sua terra, acham vergonhoso que esta vila tenha nome de couraça e de haver uma Loriga no brasão da vila, também por isso em 2002 quiseram trocar a Loriga por uma cruz, para condicionar o pároco local e para fazer crer que os católicos loriguenses também têm vergonha do nome da vila tal como eles, uma forma farisaica de instrumentalizar para fins políticos e pessoais a fé dos naturais desta bela e histórica vila, confirma a extrema falta de caráter dos responsáveis por esta vergonha, e em 2018 também quiseram eliminar a Loriga do brasão. Para cúmulo os BURROS de Loriga não se limitam a terem vergonha da história e do nome desta vila, também têm vergonha por Loriga estar situada no coração da Serra da Estrela onde é uma estrela, uma das localidades mais antigas, uma das mais importantes e uma das mais belas da serra, e onde está situada a única estância de esqui existente em Portugal, e por isso em 2018 também quiseram eliminar a estrela de ouro do brasão da vila. Aliás, há décadas que tentam inutilmente, teimosamente e criminosamente impor uma ilegal aberração heráldica, que incrivelmente e impunemente usam formalmente como se fosse o brasão legal e oficial de Loriga, e há décadas que maltratam quem se opôe a essa vergonha, inclusive com insultos e calúnias na internet. Perante a reação negativa dos loriguenses que reprovaram os brasões de 2002 e de 2018 do Zeca Maria e do Doutor de Albarda, e como são mentirosos, os responsáveis por esta vergonha tentaram responsabilizar a Comissão de Heráldica da AAP pela porcaria que fizeram, e em ambos os casos disseram e escreveram que os loriguenses estão obrigados e condenados a habituarem-se a um brasão que detestam, que os envergonha e que não honra Loriga, dizendo que esse brasão não pode ser alterado. A Comissão de Heráldica da AAP não tem culpa dos brasões de merda de 2002 e de 2018, ambos são os brasões que os pseudoloriguenses quiseram! Estes pseudoloriguenses são extremamente ignorantes e incompetentes, sempre colocaram as suas motivações mesquinhas pessoais acima dos interesses e da imagem de Loriga, e são os únicos responsáveis por toda esta vergonhosa questão da heráldica e pela porcaria de resultado que arranjaram. Como não gostam da sua terra e sempre desprezaram a importância da heráldica acham que qualquer porcaria serve para brasão de Loriga desde que seja da autoria do Zeca Maria ou de um dos seus amigos, capangas e ou lacaios, e acham que os loriguenses têm que o aceitar ainda que não gostem. Ao contrário do que eles dizem e escrevem, inclusive com a publicação de uma mentirosa “história do brasão de Loriga” da autoria do Doutor de Albarda, a alteração pode ser feita pela Junta de Freguesia de Loriga. É triste constatar que os loriguenses têm medo do Zeca Maria e dos seus capangas e lacaios, os quais têm maltratado, insultado e caluniado, inclusive em comentários publicados na internet, quem defende a imagem de Loriga e a imagem dos Loriguenses e se opôe á vergonhosa questão da heráldica que eles criaram e teimam em manter há décadas, e aos vergonhosos brasões do Zeca Maria de 2002 e de 2018. E porque os loriguenses têm medo do Zeca Maria e dos seus capangas e lacaios, havendo um cerrado controle através de manobras de intimidação e de condicionamento fáceis de realizar no meio pequeno e deprimido de Loriga, não houve uma oposição frontal e declarada nem em 2002 nem em 2018, e é a segunda vez que a Junta de Freguesia de Loriga corrige e ou não dá seguimento à porcaria feita pelo Zeca Maria nesta matéria, mas por medo apenas e após a saída do Zeca Maria da autarquia. etc , etc.
Ver aqui esta vergonha na verdadeira História do Brasão de Loriga:
loriguense files wordpress com/2010/01/historia-do-brasao-de-loriga-pequeno-resumo-do-caso-que-arrasou-a-imagem-de-loriga-e-a-imagem-dos-loriguenses.pdf , tiagodacruz blogs sapo pt/2343.html?page=30#comentarios
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