Vila Alva é uma freguesia portuguesa do concelho de Cuba, com 36,88 km² de área e 624 habitantes (2001). Densidade: 16,9 hab/km².
Foi vila e sede de concelho até 1836, quando foi anexado ao concelho de Vila de Frades, entretanto também suprimido. Era constituído apenas pela freguesia da sede e tinha, em 1801, 713 habitantes. Nesta aldeia podem ainda encontrar-se belos exemplares do típico casario alentejano, de arquitectura popular: casas feitas de taipa, caiadas a cal, a grande maioria de piso térreo com poucas aberturas. Telhado de uma ou de duas águas coberto de telhas; vãos tratados sem guarnecimento de pedra. Se algumas apresentam já caixilharia de vidro, que obras recentes fizeram colocar, a maior parte das casas apresenta ainda portadas inteiriças de madeira com um ou dois postigos, muitas vezes cerrados, protegendo o interior da casa do frio e do calor excessivos.
História
Vila Alva data de tempos pré-históricos. Antas nas proximidades da aldeia são ainda testemunho da gente de outros tempos que aqui habitaram. Estas antas estão situadas na herdade da Anta de Cima e na herdade da Fareloa.
Crê-se que o topónimo vila terá derivado de alguma villa rústica romana existente na zona, uma vez que foram descobertas moedas na zona de Malcabrão, perto da localidade. Malcabrão aparece em alguns documentos medievais e parece, em alguns, designar um local diferente de Vila Alva.
No ano de 983, Vila Alva foi tomada pelos Mouros, sendo mais tarde reconquistada por D. Sancho II. Depois da conquista cristã e para repovoar as zonas desvastadas de Além-tejo, foram doadas as terras no termo de Vila Alva a nobres, ordens militares e religiosas. Estas terras pertenceram à Ordem do Hospital, ao Convento de Refoio de Basto, entre outros. No ano de 1305, a viúva D. Estefânia Alvarenga e seu filho Martinho Mendes trocam Malcabrão (Vila Alva) e o padroado da Igreja com el-rei D. Dinis. Em troca, D. Dinis dá a D. Estefânia e a seu filho o padroado de S. Miguel Lazarim e mais seiscentas libras em dinheiro. Em 1315, D. Dinis doa a sua sobrinha D. Isabel, filha de seu irmão D. Afonso, as vilas de Vila Alva, Vila Ruiva, entre outras. Após a morte de D. Isabel passam para sua filha, D. Maria de Portugal e Haro, passando depois da sua morte para D. Joana Nunes de Lara, sua filha. Depois da morte de D. Joana em 1367, D. Fernando I doa, a préstimo, ao seu guarda-mor, Vasco Martins de Melo.
Em 1368, D. Fernando doa Vila Alva à sua filha bastarda D. Isabel e a D. João, que por vontade de seu pai, D. João casaria com D. Isabel, tendo D. Isabel nesta altura 4 anos. O casamento não se realizou, pois a Infanta casou cinco anos depois com o Conde D. Afonso, filho ilegítimo do Rei D. Henrique II, de Castela. Passando Vila Alva ao longo dos anos pelas mãos de mais nobres e ordens.
A Misericórdia de Vila Alva foi fundada em 1658 pelo prior António Pereira, tendo como protector o Duque de Cadaval. Vila Alva foi concelho e teve ouvidor, juízes ordinários, três Vereadores, procurador de concelho, escrivão da Câmara e alcaide. O concelho foi extinto em 1836 e incorporado no de Vila de Frades, também extinto. Desde 1854 que pertence ao concelho de Cuba, sendo a sua aldeia mais típica.
Património
- Capela do Senhor dos Passos ou Museu de Arte Sacra e Arqueologia de Vila Alva
- Igreja de Nossa Senhora da Visitação ou Igreja Matriz de Vila Alva
- Igreja da Misericórdia
- Ermida de Santo António
- Ermida de São João
- Ermida de São Bartolomeu
- Anta de Cima
- Anta da Fareloa
- Alminhas
- Casario Típico
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