Vila Cova à Coelheira é uma freguesia portuguesa do concelho de Vila Nova de Paiva, com 32,17 km² de área e 1.317 habitantes (2001). Densidade: 40,9 hab/km².
Em plena provincia da Beira Alta, a sul da serra da Nave integrando as "Terras do Demo" situa-se Vila Cova à Coelheira, alpendurada num vale sobre o Rio Côvo que lhe lava os pés. Sempre foi e continua a ser a maior freguesia da região do Alto-Paivense. Hoje integrada no concelho de Vila Nova de Paiva, comarca de Castro Daire, diocese de Lamego e distrito de Viseu.
Localidades
Além da sede, a freguesia conta ainda com as povoações da Carvalha, Malhada, Borralhais, Teixelo e Cascano.
História
Foi vila e sede de concelho até ao início do século XIX. Era constituído pelas freguesias de Touro e Vila Cova à Coelheira e tinha, em 1801, 1.670 habitantes.
Festas e romarias
Os habitantes de Vila Cova à Coelheira eram muito religiosos, por isso faziam várias festas e romarias como homenagem aos santos das suas devoções. Do conjunto das festas da terra, assume especial relevo a do Senhor do Calvário, que se realiza no quarto Domingo de Agosto de cada ano. Provavelmente desde o século XVI, sendo considerada a romaria de Vila Cova, os emigrantes de regresso as origens apresentam-se em grande numero para matar saudades com o seus amigos.
A festa do Padroeiro, que é São. João Baptista, abre o ano festivo a 24 de Junho. Destaque também para a Senhora da Paz na Carvalha no primeiro Domingo de Julho, Senhor da Aflição nas meeiras no primeiro Domingo de Setembro, e a do Anjo de Portugal na Malhada no primeiro Domingo de Julho. A festa da nossa Senhora do Rosário, adquiriu características especais desde que a anfitriã foi proclamada padroeira do Grupo Cénico Cultural e Recreativo, realizando-se neste dia o Festival anual de Folclore. Os habitantes de Vila Cova eram muito religiosos, por isso faziam várias romarias como homenagem aos santos da suas devoções.
A romarias da Senhora da Lapa e dos Santos Mártires, e a romaria à Senhora dos Remédios, são as romarias mais importantes que os habitantes faziam. A romaria à Senhora da Lapa era obrigatória a todas as famílias, pois há muitos anos houve uma peste de insectos na espiga do centeio. Os pobres agricultores ao debaterem-se com tamanho problema e ao sentirem tamanha aflição, pediram à Senhora que salvasse as suas colheitas, prometendo-lhe que iriam anualmente na segunda feira de ascensão fazer-lhe uma romaria ao Santuário. Antigamente iam a pé e, como era um grande percurso, as pessoas para se distraírem iam cantando. Uma dessas bonitas canções que então se cantava era esta:
Nossa Senhora da Lapa, o caminho pedras tem, se não fossem os milagres, já não vinha cá ninguém.
A romaria ao Santos Mártires era feita no mesmo dia que a da Senhora da Lapa. Hoje já não se vai a pé, mas sim de autocarro.
A romaria à Senhora dos Remédios era feita a 8 de Setembro. As pessoas vão pagar as suas promessas que fazem à Senhora, quando em aflição ou doença. La-se a esta romaria a pé, tal como à da Lapa, os romeiros para esquecerem as dores dos pés e o cansaço cantavam para se esquecer de tais factos, a estrofe era a seguinte:
Ò Senhora dos Remédios, dos remédios de Lamego, todo o caminho fui bem, só na barca tive medo.
Património
Pelourinho de Vila Cova à Coelheira
Fotografias
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