Vila Ruiva, ou Vila Ruiva da Serra, é uma freguesia portuguesa do concelho de Fornos de Algodres, com 7,13 km² de área e 180 habitantes (2001). Densidade: 25,2 hab/km².
Topónimo
Tal como o seu nome parece indicar, Vila Ruiva deve ter herdado o nome de alguma "villae" agrícola fundada pelos romanos, que terá sido pertença de algum "Ruy" ou "Ruyvo" e dai o seu nome. Esta é também a opinião do monsenhor Pinheiro Marques na monografia "Terras de Algodres". O complemento "da Serra" e para a identificar em relação a povoações com nome semelhante, no entanto nem faz muito sentido, porque na realidade ainda não se encontra localizada na Serra da Estrela, mas sim no planalto entre o rio Mondego e a vertente norte da mesma serra.
História
Do tempo da romanização ainda hoje existem vários testemunhos e vestígios; o referido monsenhor alude a existência de uma pedra ou marco que já em 1938 se encontrava partido, no qual se encontravam gravados símbolos ou letras. Seria provavelmente um marco miliário e pertenceria, a uma estrada que aqui passava vindo da Ponte Nova, ou da dos "Juncaens" ambas pontes romanas destruídas aquando da terceira invasão francesa. Esta estrada dirigia-se para a serra provavelmente para Linhares e atravessava a necropole de sepulturas escavadas na rocha, hoje encontra-se soterrada. Junto desta via encontrava-se uma lápide romana, de acordo com informações populares.
Esta freguesia esteve desde a sua fundação, incluída no termo do concelho de Linhares, a quem D. Afonso Henriques concedeu foral em 1169. No ano de 1855 com a extinção deste concelho, passou para o de Gouveia, de onde foi desmembrada por decreto de 13 de Janeiro de 1898 passando nessa altura para o actual concelho de Fornos de Algodres. Durante a terceira invasão francesa, (1810-1811) à sua passagem cometeram estas tropas toda a sorte de crimes, roubos e destruições, entre a quais a da tribuna do altar mor da igreja de Nossa Senhora da Graça.
Património
Arqueologia
Em Vila Ruiva, a necrópole medieval que se desenvolve em torno à Capela do Anjo constitui um importante elemento patrimonial, o qual, contudo, se apresenta mal preservado. De facto, com excepção do núcleo de cinco sepulturas mais perto da capela, as restantes encontram-se distribuídas por terrenos envolventes, chegando à periferia do aglomerado urbano. As sepulturas espalhadas encontram-se hoje praticamente invisíveis pela vegetação e algumas estão enterradas. E se parte estão em zonas de acesso mais difícil para o visitante, outras concentram-se junto a um caminho onde, inclusivamente, se encontram as únicas sepulturas de criança, escavadas na rocha, conhecidas no concelho.
O acesso faz-se por um estradão de terra batida, que sai daquela povoação e se dirige para a Carrapichana. As sepulturas, num total de 22, encontram-se relativamente dispersas em torno da Capela do Anjo, estando duas já no interior da povoação. Com um padrão de distribuição disperso e apresentando uma grande variedade de tipologias nas sepulturas (não antropomórficas e antropomórficas com variantes), esta necrópole parece ter tido maior período de utilização, com várias fases de construção que, possivelmente, atingiram os séculos X/XI.
Solar de Vila Ruiva
Construído no início do século XX, o Solar de Vila Ruiva foi inaugurado em Agosto de 1999 como unidade de Turismo de Habitação. Está inserido numa quinta com três hectares, com mata e terrenos de cultivo.
Ligações externas
- Blog Terras de Algodres
- Blog D'Algodres, de Albino Cardoso
Fotografias
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Comentários
Nada a apontar ao artigo, no entanto as fotos com apresentadas no final do mesmo não são de Vila Ruiva, Fornos de Algodres, mas sim de Vila Ruiva, Cuba, Alentejo. Merece a devida correção para não induzir os leitores em erro.