Vila Velha de Ródão é uma vila portuguesa no distrito de Castelo Branco, região Centro e sub-região Beira Interior Sul, com cerca de 2.100 habitantes.
É sede de um município, a sul do distrito, com 329,93 km² de área e 4.098 habitantes (2001), subdividido em 4 freguesias. O município é limitado a norte e leste pelo município de Castelo Branco, a sueste pela Espanha, a sul por Nisa e a oeste por Mação e Proença-a-Nova. Constituem os seus acessos principais a A23, o IP2, o IC8 e a linha férrea da Beira Baixa.
Vila Velha de Ródão fica a 28 quilómetros de distância de Castelo Branco, 18 km da vila de Nisa, 53 km de Portalegre e 35 km de Proença-a-Nova.
Freguesias
História
O concelho de Vila Velha de Ródão fazia parte da Herdade da Açafa, doada aos templários pelo Rei Sancho I em 1189, e o seu povoamento é anterior à formação da nacionalidade. Não se lhe conhece foral. A sua área constituía um ponto estratégico na delimitação das fronteiras cristãs, face aos muçulmanos, e na garantia da liberdade de navegação do Tejo, daí advindo a necessidade de edificação do castelo das Portas de Ródão. A existência do pelourinho manuelino confirma a autonomia municipal posterior ao século XIII.
Em 1708, Ródão era vigairaria da Ordem de Cristo, Comenda do Conde de Athouguia e contava apenas 160 fogos. Em 1768 já era vila do Bispado da Guarda e contava 172 fogos. O Censo de 1864 atribuiu-lhe 355 fogos e 1454 habitantes e o de 1878 deu-lhe 430 fogos e 1652 habitantes. Em 1708, o concelho compreendia já as mesmas quatro freguesias de hoje, Vila Velha de Rodam, Alfrívida (actualmente é Perais a sede de freguesia), Sarnadas e Fratel - e contava com um total de 560 fogos.
A importância de Ródão advém do Porto do Tejo que dava passagem a uma estrada comercial e pastoril, fundamental para o desenvolvimento das regiões da Beira Baixa e Alentejo. O tráfego fluvial foi muito activo até à construção do caminho-de-ferro, em 1885-93, que o substituiu. Do ponto de vista estratégico-militar, nos séculos XVIII e XIX, ocorreram em Vila Velha de Ródão um conjunto de acções militares - no contexto da Guerra dos Sete Anos e das Invasões Francesas - que colocam esta vila nos anais da História de Portugal e cujas obras de defesa são ainda hoje visíveis.
Apesar da sua importância estratégica, parece inegável que no início do século XIX Ródão se apresentava em decadência. No último quartel do século XIX , a construção da ponte metálica e do caminho-de-ferro contribuíram decisivamente para o desenvolvimento do concelho. Foi também nesta altura que se introduziu a olivicultura intensiva nesta região, que tão marcadamente contribuiu para as alterações na paisagem e economia locais.
A partir de 1971, a implantação da unidade fabril Celtejo (depois Portucel) significará a materialização da opção industrial por parte deste concelho, com as consequentes transformações ambientais, sociais e económicas.
Heráldica
Brasão
De prata, cinco torres de vermelho, lavradas de negro e postas em cruz; coroa mural de quatro torres de prata; listel branco, com o nome Vila Velha de Ródão a negro.
Bandeira
Esquartelada de branco e vermelho; cordões e borlas de prata e vermelho; haste e lança de ouro.
Selo
Circular, tendo ao centro as peças das armas, sem indicação dos esmaltes, e em volta, dentro dos círculos concêntricos, os dizeres "Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão".
Património
Património Construído
- Castelo de Ródão e Senhora do Castelo
- Aldeia do Xisto - Foz do Cobrão
- Pelourinho em Vila Velha de Ródão
- Igreja Matriz de Vila Velha de Ródão
- Capela da Senhora da Alagada
- Igreja Matriz de Fratel
- Igreja Matriz de Sarnadas
- Ermida de Nossa Senhora dos Remédios
- Ponte do Cobre
Outros pontos de interesse
- Portas de Ródão
- Capela em Foz do Cobrão
- Capela de São João Baptista em Perdigão
- Capela do Cristo Rei em Tostão
- Cruzeiro em Fratel
- Igreja de Nossa Sra. da Piedade em Alvaiade
- Igreja de Perais
- Igreja Matriz de Fratel
- Capela de Nossa Senhora da Paz - Rodeios / Vale do Homem
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